domingo, 17 de março de 2013

Fibra Óptica ou Cabo de Cobre?


A fibra óptica é um filete de vidro ou plástico que guia a luz, mesmo quando curvado (há um limite para essa curvatura). Esse filete é chamado de núcleo da fibra e possui um diâmetro de 9 µm (nove milionésimos de metro) para a fibra do tipo monomodo e 62,5 µm ou 50 µm para as fibras do tipo multimodo.
Uma casca (cladding) em torno do núcleo ajuda a manter a luz confinada no núcleo, mesmo nas curvas. Uma proteção, um elemento estrutural e a capa, normalmente de PVC, completam a estrutura do cabo.


A pergunta sobre o que é melhor usar, fibra óptica ou cobre, sempre surge ao se discutir com o cliente um projeto de rede interna, principalmente quando o porte, ultrapassa, digamos, dois mil pontos de rede.

Normalmente, por traz da pergunta está a questão do custo.
Há uma tendência em se comparar apenas os preços dos cabos de fibra óptica e cobre, o que pode levar a uma avaliação equivocada da melhor solução, já que a diferença do preço por metro das duas alternativas não é muito grande.
De fato há vantagens para a transmissão em fibra óptica em relação ao cabo de cobre, que são:
  • Maior velocidade de transmissão de dados;
  • Permite enlace com maior distância;
  • É imune a interferências eletromagnéticas externas;
  • Não gera ruído eletromagnético para o ambiente;
  • Isola eletricamente os dois equipamentos interligados;
  • Menor consumo de energia nos equipamentos ativos.

A visão da melhor solução somente fica clara com uma análise global, que considere o cabeamento, a topologia, os equipamentos ativos e as particularidades da edificação, como sua finalidade, arquitetura, ocupação, etc.
É preciso avaliar a relação benefício/custo sempre com foco no negócio do proprietário. As vantagens de cada tipo de cabo (benefício), os respectivos custos e os requisitos do proprietário, estabelecem os cenários a serem considerados.
Um enlace de fibra óptica pode custar R$ 1.000,00 a mais que um enlace de cobre, quando se considera também o custo dos equipamentos ativos, interfaces, conectores e serviços.
Além dos aspectos citados, as várias classificações tanto do cabo óptico (OM1, OM2, OM3 e OM4) quanto do cabo em par trançado de cobre (categoria 5e, categoria 6, categoria 6A) devem ser adequadamente consideradas no projeto a fim de realmente chegar perto da solução de melhor relação benefício/custo.
Quando se considera o uso de fibra óptica, sob a ótica do cabeamento estruturado, o profissional está focado na parte de transmissão de dados e voz, normalmente sob a forma digital. Entretanto outros subsistemas, como CFTV, CATV e áudio adicionam variáveis que não contempladas.
A metodologia OSD, “One Shot Design”, por buscar a solução integrada contemplando todos os subsistemas, invariavelmente leva a uma solução melhor.
Quem estiver interessado em ver um pouco mais sobre aspectos básicos da fibra óptica, pode dar uma olhada na apresentação que fiz no curso de engenharia do IESB e postei no SlideShare:  

Um comentário:

  1. Muito interessante. Tenho alguma experiencia e concordo com a sua dica
    Marcelo

    ResponderExcluir